
Em ação fiscal iniciada no dia 20
de outubro a Inspeção do Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho e
Emprego, realizou, através de seus Auditores-Fiscais do Trabalho, mais um
resgate de trabalhador em condições análogas às de escravo na zona rural de
Uruguaiana.
Trata-se de um trabalhador rural
idoso, de 82 anos, que realizava serviços gerais em estabelecimento cuja
atividade principal é a doma de cavalos.
O alojamento que servia de
residência ao trabalhador estava em precárias condições, com risco grave e
iminente à saúde e segurança, motivo pelo qual foi interditado pela Inspeção do
Trabalho. Além disso, nos 7 anos de trabalho prestados no local o trabalhador
NUNCA recebeu salários. Ele prestava trabalho em troca de alojamento e
alimentação.
O empregador está notificado a
pagar verbas rescisórias ao trabalhador até o dia 25 de outubro e promover a
regularização da relação de emprego, sob pena de persistir o cometimento de
infrações administrativas e criminais.
O Ministério Público do Trabalho
e o Município de Uruguaiana, através de sua Secretaria de Desenvolvimento
Social, foram informados da realização da ação fiscal e do resgate do trabalhador
para que adotem as providências adicionais cabíveis.
O combate ao trabalho análogo ao
de escravo ocorre desde 1995, quando foi iniciada a política pública para o
enfrentamento dessa questão. Desde então são mais de 56 mil trabalhadores e
trabalhadoras resgatadas dessa condição e mais de 110 milhões de reais
recebidos pelos trabalhadores a títulos de verbas salariais e rescisórias
durante as operações.
Os dados consolidados e
detalhados das ações concluídas de combate ao trabalho escravo desde 1995 estão
no Radar do Trabalho Escravo da SIT, no seguinte endereço:
https://sit.trabalho.gov.br/radar
.
Denúncias de trabalho em
condições análogas às de escravo podem ser feitas, de forma remota e sigilosa,
no Sistema Ipê.